O que é fintech e como funciona?

Escrito em 25 de Abril de 2024 por Lidiane Oliveira

Fintechs são empresas de tecnologia financeira pautadas na inovação, na escalabilidade e na personalização dos serviços. São mais acessíveis, descomplicadas e focadas na experiência do cliente. Conheça mais sobre o modelo.

Se você ainda tem dúvidas sobre o impacto dos bancos digitais no mercado e na vida das pessoas, aqui vai um número que ilustra sua grandiosidade — e reforça a importância de compreender o que é fintech e que tipo de serviços oferece para empresas como a sua: US$141,18 bilhões

O dado acima é uma estimativa do valor global do mercado das fintechs para 2028, segundo projeções do Statista. Para você ter uma ideia da exponencialidade do crescimento, para 2024, a expectativa é de US$103,75 bilhões, frente a US$79,38 bi em 2023. Impressionante, concorda? 

O fato é que, além de constituírem um mercado que só cresce em receita, as fintechs vêm se popularizando, também, na vida de pessoas físicas e jurídicas. Isso porque oferecem praticidade, acessibilidade e agilidade no acesso a serviços financeiros que, anteriormente, eram altamente burocratizados. 

Para te ajudar a entender mais a fundo o que é fintech e por que esse tipo de empresa se consolida como um fenômeno a cada ano, preparamos este artigo. 

Aproveite!

O que é fintech? 

Fintechs são empresas pautadas na união entre tecnologia e serviços financeiros — daí o nome em inglês fintech, que une as sílabas iniciais de “finance” e “technology”). As fintechs oferecem uma variada gama de serviços, antes obtidos apenas por meio de instituições tradicionais, e com uma vantagem: por serem essencialmente digitais, são mais baratas, menos burocráticas e mais acessíveis. 

Por meio da tecnologia financeira, as fintechs podem oferecer, por exemplo: 

  • serviços bancários;
  • corretagem;
  • assessoria de investimentos;
  • empréstimos; 
  • gestão de fundos;
  • câmbio de moedas estrangeiras. 

Qual a diferença entre banco e fintech? 

Embora ambos atuem para oferecer serviços financeiros aos seus clientes (sejam empresas ou pessoas físicas), bancos e fintechs são bastante diferentes essencialmente. A seguir, listamos alguns dos principais pontos que diferenciam as duas estruturas. 

Foco

Enquanto, para os bancos tradicionais, o foco está na oferta dos serviços em si, para as fintechs, a experiência do cliente está em primeiro lugar. 

Não por acaso, você encontra muito mais personalização dos produtos oferecidos por uma fintech, bem como uma gama de serviços automatizados — que trazem praticidade para as operações. 

Acessibilidade

A facilidade de acesso é, também, outra diferença entre banco e fintech — e aqui, o termo tem dois vieses. O primeiro é a usabilidade dos produtos e serviços em si. 

Por meio de um aplicativo, o cliente da fintech acessa sua conta, contrata serviços, faz movimentações e resolve problemas sem sair de casa. Já no banco tradicional, em muitos casos, é preciso se deslocar a uma agência física e enfrentar filas para encontrar uma solução ou contratar um serviço.

Por outro lado, as fintechs são, também, mais acessíveis, uma vez que viabilizam a entrada de pessoas, até então, desbancarizadas, uma vez que a criação de contas é menos burocrática e mais democratizada. 

Flexibilidade

Outra diferença entre fintechs e bancos, em linha com o que pontuamos anteriormente, é a flexibilidade na contratação de serviços e movimentações financeiras. 

Enquanto, em uma instituição tradicional, determinadas transações e contratações exigem o contato com um gerente e processos de liberação, na fintech, este tempo é encurtado graças à tecnologia.

Além de o time de suporte estar disponível online, muitos dos serviços são contratados via aplicativo, conforme a demanda do cliente. 

Estrutura

Você certamente conhece a estrutura das principais instituições financeiras do Brasil, certo? Então sabe que os principais bancos têm sedes grandes, numerosas e espalhadas por diversas localidades. 

Em contrapartida, grande parte das fintechs opera de forma 100% digital, ou seja, sem uma sede física. Assim, o suporte para resolução de problemas, contratação de serviços ou atendimento às demais demandas acontece via chat ou demais canais virtuais oficiais. 

Taxas e tarifas 

A economia com estrutura, por sua vez, impacta positivamente as taxas e tarifas aplicadas. Por isso, uma fintech, em geral, oferece serviços mais baratos e até gratuitos para seus clientes corporativos ou não. 

Cartões sem anuidade e investimentos sem taxa de corretagem são alguns dos exemplos de serviços oferecidos nesta modalidade de investimento — e que não são comuns a instituições bancárias convencionais. 

Qual a diferença entre fintech e startup? 

Para te ajudar a entender a diferença entre fintech e startup, vamos dar um passo para trás e conceituar os termos. A fintech, você já conhece, afinal, é o tema central deste artigo.

Já uma startup, em linhas gerais, é um empreendimento emergente focado em inovação e escalabilidade. 

Analisando a definição, fica mais fácil criar uma relação entre os conceitos, certo? 

A verdade é que a fintech é uma startup, afinal, além de focar em soluções financeiras, está fortemente conectada à ideia de inovação e crescimento escalável — sobretudo por ser um negócio essencialmente digital. 

Entretanto, o oposto já não é verdadeiro. Nem toda startup é uma fintech, afinal, existem empresas voltadas para os mais diversos nichos, como softwares, educação, saúde, bem-estar, mercado pet, e por aí vai.

EXTRA: assim como as startups, as fintechs também podem ser segmentadas por nichos. Quer saber mais? Leia nosso artigo sobre fintechs de nicho

Quais as vantagens de uma fintech? 

Ao longo deste artigo, além de explicarmos o que é fintech, demos alguns spoilers sobre as principais vantagens do modelo de negócio, certo? Agora, para te ajudar a organizar as ideias, vamos apresentar cada uma em detalhes. 

  1. Praticidade: a praticidade de contratação e movimentação nos aplicativos e ferramentas de acesso digital das fintechs é um diferencial.
  2. Acessibilidade a serviços: em uma fintech, é fácil acessar serviços, contratar produtos financeiros e movimentar valores sem precisar se deslocar a uma agência física; 
  3. Desburocratização: abrir uma conta, ter acesso a um cartão de crédito ou débito, organizar as finanças da sua pequena ou média empresa. Tudo isso acontece sem burocracia na fintech, sem que seja preciso aguardar em filas, preencher formulários extensos ou aguardar longos períodos de liberação. 
  4. Acesso à inovação: assim como as demais startups, a fintech também baseia suas operações em inovação. Assim, os clientes e parceiros têm acesso a produtos e serviços diferenciados, modernos e cada vez mais adaptados às suas demandas. 
  5. Personalização de serviços: tem uma empresa e precisa contratar um pacote de serviços adaptado ao seu volume de movimentação financeira? Com a fintech, a personalização é fácil e natural. Os serviços são altamente flexíveis e se ajustam conforme a demanda dos clientes. 

Curiosidade: a vasta gama de vantagens das fintechs, inclusive, contribui para um movimento chamado de fintechzação das empresas — que veem, no modelo de negócio, a oportunidade de atrair um novo público ou fidelizar mais clientes.

Quais os serviços oferecidos por fintechs? 

Além de saber o que faz uma fintech, é importante conhecer os serviços oferecidos no modelo — para se certificar de que esta seja, de fato, uma opção para atender às suas demandas. 

Veja, na lista abaixo, os principais: 

  1. Cobrança e recebimento de pagamentos (com ferramentas automatizadas e flexíveis);
  2. Meios de pagamento (como Pix, boleto e cartão de crédito);
  3. Split de pagamentos (que ajuda a dividir a receita entre diversos recebedores de forma automática);
  4. Cobrança recorrente (automatiza e simplifica a cobrança em planos de assinatura e compras recorrentes, reduzindo a inadimplência e facilitando a gestão);
  5. Antecipação de recebíveis (possibilita antecipar o pagamento de valores de vendas feitas a prazo e dar fluidez ao caixa); 
  6. Conciliação financeira automatizada (auxilia a conferência de valores e movimentações de vendas para evitar erros e prejuízos financeiros);
  7. Embedded finance (permite incluir serviços financeiros ao leque de ofertas da sua empresa, sem que seja preciso reestruturar seu core business). 

O mercado de fintechs segue em ampla evolução e crescimento, fazendo jus ao seu caráter inovador e disruptivo. 

Se você se interessa pelo mercado e quer saber mais sobre como as fintechs humanizam as finanças, dê o play no episódio 28 do nosso podcast Resenha B2B, que traz um papo imperdível com André Gonçalves, CFO da iugu, e Daniel Vaidergorin, Head de Produto na Trela.

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