A fintechzação das empresas e os novos caminhos para o varejo

Escrito em 20 de Junho de 2022 por Maria Carolina Rosa

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

Seja para atrair um novo público ou fidelizar mais clientes, diversos negócios se encontram em um momento de reinvenção, e buscam entrar no universo financeiro. A chamada "fintechzação" das empresas já é uma realidade, que promete se expandir cada vez mais.

E essa mudança não é à toa.  Segundo o levantamento Inside Fintech Report, realizado pelo Distrito Dataminer, as startups financeiras brasileiras captaram 1,9 bilhão de dólares ao longo de 2020, superando os resultados de 2019, que foi de 1,1 bilhão. 

Diante desses dados, é possível afirmar que esse mercado vem sendo considerado a menina dos olhos do ecossistema de startups no Brasil, e apresenta uma oportunidade de expansão para empresas de outros segmentos.

Isso porque, com a nova onda, os empreendedores entenderam que já não é mais necessário encaminhar seus clientes para fora dos seus sites e apps na hora de receber um pagamento ou até de gerar crédito. 

A tendência, conhecida como embedded finance, utiliza a estrutura “banking as a service” para integrar operações e serviços financeiros às plataformas de outros segmentos de negócios, e já está sendo utilizada no Brasil e no mundo. 

O tema pode parecer confuso, mas não se preocupe. Continue a leitura até o final e saiba mais sobre a fintechzação dos mercados

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A chegada das fintechs e a revolução do setor financeiro

Hoje, abrir conta em um banco digital é algo simples, que pode ser feito em poucos segundos, apenas com um celular.

Mas até pouco tempo atrás, as coisas aconteciam de forma bem diferente. Para se ter uma ideia, as primeiras fintechs brasileiras só apareceram em 2013, e, segundo um levantamento da plataforma Distrito, 49,6% delas só foram criadas entre 2016 e 2019. Ainda de acordo com a Distrito, já são 1.289 fintechs atuando no Brasil. 

E há um motivo por trás de tanto sucesso. As fintechs e bancos digitais conseguem entregar serviços e produtos personalizados, com tarifas baixas e de forma online. 

Além disso, elas também são responsáveis por uma maior democratização do acesso a serviços financeiros, principalmente para a população vulnerável. E isso pôde ser visto ainda durante o isolamento social causado pela pandemia de COVID-19, já que mais pessoas precisaram adotar operações bancárias online. 

Enquanto muitas empresas e negócios precisaram fechar as portas durante a crise, quarenta instituições financeiras iniciaram suas operações em 2020, segundo informações do Banco Central. E os dados mostram que a migração de clientes de instituições tradicionais para fintechs continua em alta.

Uma pesquisa do UBS Evidence Lab mostrou que os downloads de apps de novas instituições representaram 52% e ultrapassaram os de bancos tradicionais, que ficaram com 48% até o terceiro trimestre de 2020.

Com tantas expectativas e crescimento acelerado, não é de se espantar que empresas de diferentes segmentos estejam buscando se diferenciar e oferecer soluções financeiras aos seus clientes, garantindo uma maior participação em um mercado promissor.

Muito além de produtos: como os super-apps e a embedded finance estão mudando a cara do varejo brasileiro?

O varejo brasileiro vem passando por uma reinvenção, impulsionada, principalmente, pela transformação digital e aceleração tecnológica.  

Segundo um levantamento da Neotrust, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, que totalizou mais de R$ 161 bilhões, um crescimento de 26,9% em comparação ao ano anterior.

O movimento de comércio online também abriu espaço para outras revoluções, como os SuperApps – plataformas que oferecem diversos serviços e ferramentas em uma única interface –, e o embedded finance –  inclusão de operações financeiras no portfólio de empresas que não fazem parte do setor. 

Se hoje existe um app para cada atividade ou necessidade do dia a dia, a tendência é que essa dinâmica mude drasticamente, e serviços diversos, como pagamentos, entrega de alimentos, compras e relacionamentos se concentrem em apenas um local.

A Rappi e a Magalu são só alguns exemplos de empresas brasileiras que já aderiram a esse movimento, com cartões de crédito próprios e contas digitais.

Além de ganhos em eficiência operacional, oferecer produtos e serviços bancários garante outras vantagens, como:

  • Aumento de pontos de contato e de relacionamento com o cliente; 
  • Melhora na percepção de valor da empresa;
  • Maiores chances de fidelização;
  • Fortalecimento da competitividade;
  • Aumento de receita;
  • Aumento de satisfação do cliente. 

Quais são os impactos da fintechzação?

Sem dúvidas, o movimento de fintechzação das empresas já causa impacto no setor financeiro – e a tendência é que ele se acentue.

Com as mudanças, a expectativa é que muitas instituições financeiras possam perder clientes que não se identificam com as opções de serviços e produtos oferecidos por bancos tradicionais. 

Essa parcela de clientes poderá, é claro, migrar para empresas varejistas ou bigtechs que oferecem soluções personalizadas e que se baseiam nas suas reais necessidades.

No entanto, com a estratégia certa, as instituições financeiras também podem sair ganhando. 

Com o Embedded Finance, os bancos podem integrar os serviços às plataformas e oferecer um produto B2B2C. Na prática, isso significa que o serviço é oferecido por uma empresa fora do setor bancário, mas os grandes bancos ou instituições ficam responsáveis pelo suporte das transações. 

Já para os consumidores, as principais vantagens são:

  • Planos personalizados;
  • Juros mais baixos;
  • Inclusão financeira;
  • Descontos.

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