Importação da China: vantagens, gestão financeira e por onde começar

Escrito em 03 de Maio de 2024 por Redação iugu

Encontrar produtos de qualidade, com bons preços e margem vantajosa já é um desafio e tanto.
Imagine poder explorar novidades e lançamentos do mercado, se diferenciando da
concorrência, além de fortalecer seu posicionamento personalizando os itens com a sua
marca? Pois é, o que parece distante para tantas empresas, é a realidade de muitas outras que
já fazem importação da China.

Só que, apesar de atraente, o universo do comércio exterior nem sempre é fácil. As regras e
burocracias assustam, assim como a parte de taxas e impostos. É inclusive por isso que a
gestão financeira, com um bom controle do fluxo de caixa, é essencial para mitigar riscos,
garantindo o sucesso das operações de importação e a maximização dos lucros.

E é exatamente sobre isso que vamos falar nesse artigo, abordando tópicos como:
● Por que importar da China pode ser vantajoso para o seu negócio;
● Quais os custos envolvidos nesse tipo de operação;
● A importância do controle financeiro de taxas e impostos;
● E por onde começar no seu processo de importação.

Vamos lá?

Por que importar da China?

Produzir e importar da China pode ser estratégico para o negócio, a começar pelas razões mais
óbvias: preços mais competitivos e variedade — de produtos e fornecedores. Ou seja, se a
mão-de-obra e matéria-prima abundante já contribuem para que os produtos chineses sejam
mais baratos, o volume de fabricantes e opções de mercadorias disponíveis abrem ainda mais
espaço para a negociação.

Mas a importação da China ainda elimina a dependência de estoques de atacadistas e
distribuidores, dando lugar a mercadorias exclusivas e personalizáveis, essenciais para a
construção da marca e posicionamento no mercado.

Que tal customizar o seu produto, sua embalagem, com a garantia de certificações como as do
INMETRO, além de incluir tags, códigos de barras e manuais traduzidos para o idioma
selecionado? Tudo isso é possível junto aos fornecedores chineses.

Não é à toa que a China ficou conhecida como…

A "fábrica do mundo"

Nas últimas décadas a China desenvolveu muito a sua indústria, se tornando uma
superpotência e enterrando a antiga fama de “cópia barata”. Para isso, investiu bilhões em
tecnologia, mão de obra qualificada e inovação. É, por exemplo, o país que mais abre pedidos
de patentes.

Com isso, a China alcançou o status de “fábrica do mundo”. Para se ter uma ideia, no último
ano foi avaliada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como o maior exportador. Do
Brasil, é o principal parceiro comercial, liderando especialmente o fornecimento de
matérias-primas, insumos e equipamentos, além de industrializados para revenda, de acordo
com o ComexVis.

Mas eles não param. Estão liderando as pesquisas sobre Inteligência Artificial e ampliando
ainda mais seu investimento em ciência e tecnologia em 2024, com um orçamento 10%
superior ao de 2023, de acordo com o Ipea.

Quanto custa importar da China?

Infelizmente, não se trata de uma matemática simples. A importação da China implica em
diferentes custos, que incluem a própria mercadoria, seu transporte da origem até o Brasil, as
taxas e impostos, entre outras despesas.

Mas para se ter uma ideia geral, na hora de importar, você deverá estar atento:

● à mercadoria: isto é, se se trata de um produto que demanda alguma autorização ou
licença — como as da Anvisa, Anatel e Inmetro — , se serão aplicadas personalizações
que vão gerar algum custo, assim como a quantidade, volume e peso da carga, que
podem influenciar nas despesas com armazenamento e transporte.
● à logística: é necessário avaliar se a empresa vai contar com um agente de cargas para
trazer a mercadoria da origem até o seu estoque, além da escolha pelo tipo de
transporte, se aéreo ou marítimo, em container cheio ou compartilhado.
● às taxas: é bom estimar possíveis custos extras com a armazenagem, assim como
levantar as taxas portuárias e contratar seguros — que, apesar de não obrigatórios, são
recomendados para cobrir possíveis intercorrências.
● e aos impostos: na importação formal, a incidência de impostos vai variar de acordo
com o valor da operação, sendo aplicados em geral 5 impostos — o Imposto de
Importação (II), o Imposto de Produtos Industrializados (IPI); o Programa de Integração
Social (PIS); a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); e o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Por que fazer o controle financeiro na importação?

Como vimos, fazer uma importação da China tem impactos diretos no fluxo de caixa — a
começar pelo pagamento de fornecedores e impostos e, depois, com a chegada da mercadoria,
no recolhimento da receita sobre as vendas e balanço dos lucros.

Por isso, é essencial fazer a gestão financeira, controlando de forma consistente as
movimentações, mapeando despesas e prazos de pagamentos — o que vale especialmente
para a importação, uma vez que conta com taxas e impostos recolhidos em diferentes
momentos do processo — e fazendo as conciliações financeiras.

A ideia é que sua empresa consiga ter mais visibilidade para se preparar para as cobranças,
evitar prejuízos como a bitributação, poupar quando possível, além de ter previsibilidade sobre
os ganhos a fim de planejar novos investimentos.

Como começar a importar da China?

Qualquer empresa pode fazer uma importação da China. Não importa se é pequena, média ou
grande. Basta que a companhia seja registrada sob um CNPJ com autorização para
comercializar a mercadoria desejada, e esteja habilitada pelo Radar Siscomex — um sistema de
controle da Receita Federal para operações no comércio internacional.

O próximo passo será definir se a empresa fará uma importação direta ou indireta. Na primeira,
a companhia vai se responsabilizar por todo o processo, desde a negociação até os aspectos
burocráticos; enquanto na segunda vai acionar um ou mais parceiros para cuidarem da
operação, incluindo documentação, desembaraço aduaneiro e transporte.

Nesta etapa, é comum que as empresas recorram a gerenciadoras de importação, a fim de
mitigar erros e evitar prejuízos com impostos e taxas. Um exemplo é a JoomPro, que se
diferencia ao oferecer um serviço door-to-door, cuidando de todo o processo, desde a busca e
negociação com os fornecedores, fabricação e personalização dos produtos, até a
documentação, desembaraço aduaneiro e logística da China até o seu estoque.

Agora, se você ainda fica reticente diante das possibilidades da importação, confira este artigo
sobre como importar da China. Ele oferece um passo a passo para quem está começando a
explorar o tema e busca investir no comércio exterior.

Este conteúdo foi feito em parceria com a JoomPro.

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