Fraudes na internet: como identificar golpes online e os 8 mais comuns
Escrito em 30 de Setembro de 2020 por Patrick Negri
Atualizado em 02 de Dezembro de 2024
Fraudes na internet são práticas ilegais em que criminosos utilizam a web para enganar pessoas e obter dinheiro ou informações pessoais de forma ilícita. Exemplos incluem phishing, golpes de compras falsas e roubo de identidade, podendo causar prejuízos financeiros e danos à privacidade dos usuários.
A cada dia, as fraudes na internet se tornam mais sofisticadas, afetando tanto empresas quanto usuários comuns. Nesse ambiente digital, onde quase todas as interações e transações acontecem online, golpistas se aproveitam de brechas para obter informações pessoais, acessar contas bancárias e roubar dados sigilosos.
Os golpes vão desde e-mails falsos e sites clonados até técnicas avançadas de phishing e roubo de identidade, e o impacto pode ser devastador — seja financeiramente, seja em termos de reputação.
De acordo com dados da pesquisa Hábitos de consumo pela internet 2023-2024, divulgada pela Seade SP TIC–Análises sobre Tecnologias da Informação e Comunicação no Estado SP, 21% dos paulistas não fazem compras online pela insegurança.
Esses dados soam como alerta para quem atua no setor de lojas virtuais, marketplaces e operações omnichannel. Para atrair esses consumidores, é preciso se proteger contra fraudes financeiras e mostrar que a compra online pode ser tão segura quanto em uma loja física.
E, para combater os malfeitores, você precisa conhecê-lo. Por isso, nesse post, falaremos sobre os 8 tipos de fraudes na internet que mais afugentam potenciais compradores:
- Fraude de cartão de crédito
- Fraude amiga
- Violação de senha
- Autofraude
- Phishing
- Fraude de triangulação
- Páginas clonadas
- Golpe do boleto falso
Além disso, no final deste artigo, você encontrará dicas sobre como evitar ser uma vítima e como aplicá-las em seu negócio e torná-lo mais seguro para seus clientes. Boa leitura!
O que são fraudes na internet?
Fraudes na internet são práticas ilícitas realizadas no ambiente digital com o objetivo de obter vantagens financeiras, informações confidenciais ou acesso não autorizado a sistemas e dados. Para e-commerces, elas representam um grande risco, pois podem comprometer tanto a segurança de informações sensíveis quanto a confiança dos clientes.
Essas ameaças afetam as operações, podendo resultar em perdas financeiras significativas, sanções regulatórias e danos à imagem da empresa. O impacto também inclui gastos com processos de recuperação e segurança, além da necessidade de revisar políticas de proteção de dados e treinamento constante de funcionários para prevenir ataques.
Leia mais: Fraudes no e-commerce: 6 dicas para proteger sua loja contra golpes
8 tipos mais comuns de fraudes na internet
O receio de fazer compras online de uma fatia considerável da população não pode ser considerado injustificado.
Nos últimos 12 meses, os golpes digitais têm impactado profundamente os brasileiros: 24% da população com mais de 16 anos foi vítima de crimes cibernéticos, segundo dados divulgados pela Agência Senado. Esse número representa mais de 40,85 milhões de pessoas que sofreram perdas financeiras devido a fraudes e outros tipos de ataques online.
Mas como evitar e defender seu negócio online e os dados dos seus clientes dos ataques dos criminosos que atuam no ambiente virtual? O primeiro passo é saber quais são os tipos de golpes mais comuns no e-commerce.
1. Fraude de cartão de crédito
Essa modalidade de roubo de identidade é o golpe mais comum no ambiente virtual. Nesse caso, o fraudador usa os dados de um cartão de crédito, que ele roubou física ou virtualmente, para fazer compras online. E o proprietário do cartão só vai perceber o crime quando a fatura chegar.
Apesar de danosa para ambos os lados, o dono da loja é o mais prejudicado por esse tipo de fraude. Enquanto os donos dos cartões normalmente conseguem o estorno com as operadoras, o lojista pode ser informado da contravenção apenas depois de ter despachado o produto e terá que arcar com dois prejuízos: perder um produto e não receber o pagamento.
2. Fraude amiga
Esse tipo de golpe é bastante similar à fraude de cartão de crédito. A diferença aqui é que não será um hacker que vai roubar os dados financeiros do cliente, mas um amigo ou familiar agindo com má-fé.
Assim como no golpe do cartão, a vítima só se dará conta da fraude quando receber a fatura e pedirá o estorno sem nem imaginar que quem cometeu a contravenção foi uma pessoa próxima. E, assim como no caso anterior, o e-commerce assume o prejuízo do chargeback por ser responsável por garantir que o cliente era quem ele disse ser no momento da transação.
3. Violação de senha
O cartão de crédito não é o único alvo dos fraudadores. Há hackers que se dedicam a descobrir as senhas de usuários de lojas virtuais e, em posse delas, alteram o endereço de entrega para receber o produto no lugar do verdadeiro comprador. Além disso, também podem fazer novas compras antes que o dono do site perceba a fraude.
Esse é outro tipo de contravenção que afeta tanto o cliente quanto o e-commerce porque também pode demorar a ser constatada. Enquanto o primeiro não recebe sua compra, o segundo será obrigado a devolver o valor ou enviar um novo produto ao comprador.
4. Autofraude
Aqui o fraudador é o próprio cliente e a vítima é a loja virtual. Nesse tipo de golpe, o usuário encomenda um produto normalmente e, dentro do prazo de 180 dias previsto pelo Código do Consumidor, liga para sua operadora de cartão de crédito para contestar o débito na fatura alegando que não reconhece a compra.
Posteriormente, o golpista pode ser facilmente identificado e impedido de fazer novas compras. Mas, até isso acontecer, ele já terá recebido o produto e o dono do e-commerce terá que bancar o prejuízo.
5. Phishing
Esse método é um dos mais elaborados, uma vez que o fraudador cria um e-commerce falso, simulando uma loja virtual que realmente existe, para roubar os dados de usuários. Normalmente, o cliente recebe um e-mail falso solicitando a confirmação de algumas informações pessoais e um link que o direciona para o site falso.
Com o mesmo formato e identidade visual do site original, o cliente pensa que está no e-commerce que conhece e acaba fornecendo seus dados pessoais e financeiros. Após obter essas informações, os contraventores podem cometer várias outra irregularidades, como compras indevidas e transações bancárias não autorizadas.
6. Fraude de triangulação
A fraude de triangulação é um esquema complexo que envolve três partes: um comprador, um vendedor legítimo e um fraudador. Ele acontece, geralmente, em lojas virtuais e marketplaces. O fraudador adquire um produto usando dados de pagamento roubados, como números de cartões de crédito de terceiros.
Em seguida, ele coloca esse item à venda em uma plataforma diferente por um preço atraente para atrair compradores. Quando um cliente compra o produto do fraudador, este o compra do vendedor legítimo, usando os dados roubados, e manda o item diretamente para o comprador final.
Empresas devem estar atentas a sinais de alerta, como pedidos repetitivos ou em grande volume de um mesmo comprador, ou vendas provenientes de contas recém-criadas com dados inconsistentes.
7. Páginas clonadas
Esse tipo ocorre quando criminosos duplicam uma página oficial, como a de um e-commerce ou serviço financeiro, para enganar usuários e roubar informações pessoais ou financeiras. As páginas fraudulentas imitam o visual, o layout e até o domínio, dificultando a identificação pelo usuário e facilitando o golpe.
8. Golpe do boleto falso
O golpe do boleto falso é um tipo de fraude online que ameaça empresas e seus clientes ao manipular o processo de pagamento. Nesse esquema, golpistas geram boletos falsificados ou interceptam boletos legítimos, alterando dados essenciais, como o código de barras e o beneficiário. Quando o cliente paga o boleto alterado, o valor vai direto para a conta do criminoso, e a loja nunca recebe o pagamento.
Como seu negócio online pode evitar fraudes na internet?
Após conhecer todos esse tipos de fraudes, é mais fácil entender porque muita gente ainda se sente insegura na hora de fazer compras online. Cabe então aos donos de e-commerces investir em ferramentas para inibir os golpistas e proteger seu negócio e seus clientes.
No vídeo abaixo, do canal E-Commerce Brasil, o gerente de Tecnologia da Livraria Cultura, Vitor Sena, mostra algumas técnicas para evitar fraudes e não abalar a reputação e a segurança do seu negócio:
Além disso, em um post anterior sobre fraudes no e-commerce no Brasil, falamos de algumas medidas que transformam sua loja virtual ou marketplace em um ambiente seguro, proporcionando mais confiança aos consumidores e gerando mais lucro para sua empresa:
- Implantação de sistema antifraude;
- Criação de histórico de fraudes com identificação de recorrências;
- Monitoramento de compras contínuas em um mesmo dia;
- Sistema especializado em análise de risco com foco na prevenção;
- Utilização de certificação de segurança;
- Automação de processos de pagamento.
O que fazer se eu for vítima de uma fraude na internet?
Se seu e-commerce foi vítima de uma fraude online, é necessário agir rapidamente para minimizar prejuízos e evitar novos incidentes. Primeiro, notifique imediatamente o banco e as instituições financeiras associadas para bloquear transações suspeitas e proteger seus dados bancários.
Em seguida, reúna todas as evidências, incluindo e-mails, mensagens e qualquer comunicação envolvida, para facilitar investigações. Faça contato com as autoridades policiais e, se necessário, registre um boletim de ocorrência para formalizar o caso.
Em paralelo, tenha uma comunicação clara com os clientes e parceiros afetados, mostrando transparência sobre o incidente e explicando as ações de segurança adotadas para preservar a confiança.
Revise as suas práticas de segurança digital, intensificando a proteção dos sistemas e dados com a ajuda de especialistas em cibersegurança, como a implementação de autenticação de múltiplos fatores e criptografia de dados. Adotar esses cuidados não apenas ajuda a superar o impacto da fraude como fortalece a defesa da empresa contra futuras ameaças.
Quais os prejuízos das fraudes online?
As fraudes online representam um risco significativo para empresas, trazendo uma série de prejuízos diretos e indiretos. Primeiramente, há o impacto financeiro: elas podem resultar em grandes perdas monetárias devido a transações falsas, reembolsos e processos jurídicos.
Além disso, o tempo e os recursos investidos para investigar e mitigar desviam o foco das operações principais, prejudicando a produtividade e gera gastos extras com segurança digital.
Outro ponto crítico é o abalo à confiança do cliente. A imagem comprometida pela falta de proteção afeta a reputação e diminui a fidelidade, que passam a buscar alternativas mais seguras. Esse cenário pode também reduzir o potencial de crescimento, já que novos clientes evitam negócios associados a fraudes.
Como a iugu pode ajudar seu negócio online?
Falando especificamente do último item, vale lembrar que, além de mais segurança para suas operações, as ferramentas de pagamento automáticas, como os gateways, também aumentam a produtividade do seu negócio e turbinam suas vendas. E essa é a especialidade da iugu.
Além da expertise de quem atua no mercado há mais de sete anos e movimenta mais de R$ 6 bilhões ao ano, nossa plataforma oferece:
- API robusta e intuitiva para ajudar na gestão de todos os processos financeiros do seu negócio;
- Ferramentas personalizadas para lojas virtuais, marketplaces e vendas por aplicativos;
- Sistema de cobrança recorrente com diferentes meios de pagamentos digitais seguros;
- Soluções para cobranças avulsas e modelos de marketplace para você acompanhar todo o processo de compra e garantir o recebimento.
Com todas essas funcionalidades, a iugu já trabalha com empresas como Contazul, Nibo e Doghero, entre outras, e tem 98% de taxa de satisfação dos clientes.
Para saber mais sobre a plataforma de pagamento online mais completa do Brasil, converse com um de nossos especialistas.
Escrito em 30 de Setembro de 2020 por
Patrick Negri
Patrick Negri é empreendedor, desenvolvedor e atual CTO de uma das maiores plataformas de automação financeira do Brasil, a iugu. A sua história como empreendedor começou ainda muito jovem. Em 1996 foi um dos pioneiros empreendedores a lançar um sistema de pesquisa na era pré-google. A plataforma foi a primeira no país a oferecer mecanismo de meta inclusão. Desde então, Negri não parou e empreendeu em diversos negócios, entre eles o ramo de marketing digital e tecnologia.