Venture Capital: o que é, como funciona e como investir?

Escrito em 12 de Setembro de 2022 por Maria Carolina Rosa

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

Seja para os investidores de primeira viagem ou até mesmo para quem já investe há algum tempo, o Venture Capital é uma modalidade que pode gerar diversas dúvidas, já que é voltada para os perfis mais experientes.

Contudo, ela vem crescendo a cada ano no Brasil. Entre janeiro e junho deste ano, foram US$ 2,92bi investidos em 327 deals.

Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o Venture Capital ainda se mostra uma opção de investimento vantajosa para quem deseja diversificar o portfólio.

Mas, afinal, o que é o Venture Capital? Quais são as vantagens e como começar a investir nessa modalidade?

Se você quer saber mais sobre o assunto, continue a leitura do conteúdo até o final!

Sem tempo para ler? Experimente o player abaixo.

O que é Venture Capital?

O Venture Capital ou, em português, capital de risco, é uma modalidade de investimento focada em empresas de até médio porte, com faturamento baixo, novas no mercado, mas com grande potencial de crescimento. O investimento acontece através da aquisição de ações ou valores imobiliários.

Bastante popular no meio das startups, o objetivo desse tipo de investimento vai além da simples injeção de capital na empresa: há, também, um acompanhamento próximo da gestão do negócio.

No Brasil, os fundos de Venture Capital são conhecidos como Fundos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE), e foram criados e regulamentados pela Instrução CVM 209/94 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Entretanto, por se tratar de investimentos em empresas que ainda estão em estágios iniciais e pouco consolidadas, o Venture Capital é considerado um investimento de risco, podendo gerar altos ganhos ou altas perdas.

Como funciona o Venture Capital?

Antes de falarmos sobre como funciona o Venture Capital, é preciso entender que esse tipo de aporte permite que o investidor participe ativamente do desenvolvimento da empresa, sugerindo profissionais capacitados para cargos estratégicos e auxiliando na gestão do negócio.

Diante disso, os empreendedores precisam levar em consideração que sócios ou gestores indicados pelos investidores poderão dar orientações e participar da rotina.

Afinal, a ideia é que o negócio cresça rapidamente e se torne sustentável. 

Quando isso acontece, os investidores têm mais chances de conseguir um retorno consistente. A empresa, por sua vez, pode abrir o capital e ter ações listadas na Bolsa de Valores. 

A partir disso, as ações do investidor podem ser vendidas na B3, e ele pode resgatar sua participação com lucros – fase conhecida como desinvestimento ou “exit”. 

As rodadas de investimento

As rodadas de investimentos são as principais ferramentas das startups para conseguirem captar recursos e estimular o crescimento.

Nesse estágio, os empreendedores apresentam a ideia a investidores. Se interessados, eles disponibilizam o investimento em troca de uma parte acionária do negócio (equity share).

Divididas em fases, as classificações acompanham o estágio de maturidade do negócio, e podem ser: 

  • Investimento anjo: é a primeira rodada de investimento. Geralmente os valores são menores, já que essa é fase inicial do projeto;
  • Seed: fase em que a empresa recebe aporte para iniciar os trabalhos, montar times, desenvolver os primeiros produtos e validá-los;
  • Série A: nessa fase, a empresa já tem clientes, receita e produtos. No entanto, ela precisa demonstrar capacidade de gerar ainda mais receita a longo prazo. Por isso, os valores dos investimentos costumam ser maiores;
  • Série B: aqui, os valores dos investimentos são ainda maiores do que na Série A, e ajudam na expansão da empresa;
  • Séries C, D e E: investimentos que contribuem para a aceleração da empresa.

Venture Capital e Private Equity: afinal, qual é a diferença?

Quem ainda está começando a investir pode se perguntar qual é a diferença entre Venture Capital e Private Equity. Afinal, ambos são investimentos de risco.

Entretanto, o Private Equity é um investimento com foco em empresas já consolidadas no mercado. O Venture Capital, por outro lado, foca em empresas emergentes.

Por isso, o Private Equity é considerado um investimento menos arriscado que o VC, uma vez que o capital é injetado em uma companhia mais sólida e com mais tempo no mercado.  

Ainda assim, é importante ter em mente que, mesmo no Private Equity, os riscos ainda existem.

Como investir em Venture Capital?

Você entendeu o que é Venture Capital e ficou interessado em investir? 

Antes de tudo, é preciso ter um mente que os investimentos em Venture Capital podem ser feitos da seguintes formas:

  • Por investidores individuais, com recursos e conhecimento para investir;
  • Por companhias de participações, com controle sobre a participação de outras empresas;
  • Por meio de Fundos de Investimento em Participações (FIPs). 

Vale notar que o investimento nos FIPs é permitido apenas para investidores experientes e qualificados, que são aqueles que possuem mais de R $1 milhão em investimento.

Outro ponto fundamental é que, para investir em Venture Capital, é preciso ter uma visão ampla e analítica sobre as mudanças macroeconômicas, levando em consideração as estimativas de crescimento, necessidades e oscilações do mercado e do consumidor. 

Além disso, os investimentos em Venture Capital possuem altos custos, o que costuma afastar as pessoas físicas dos aportes, já que os valores iniciais costumam ser altos.

Invista no seu negócio e potencialize o sucesso

Neste post, falamos sobre Venture Capital e as principais informações sobre esse tipo de investimento.

Agora, será muito mais fácil entender o seu modelo de negócios e qual é o melhor aporte para ele. 

Dessa maneira, você conseguirá levar a empresa a outro patamar, fortalecendo as bases e investindo em tecnologias.

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