O cenário econômico do Brasil tem se mostrado particularmente desafiador nos últimos anos. Diante disso, muitas empresas acabam recorrendo à renegociação de dívidas quando há atrasos em pagamentos e financiamentos.

Isso porque, além de problemas como a falta de organização financeira, fatores externos, como o alto índice de inadimplência, podem contribuir para a necessidade de renegociar dívidas.

Para se ter uma ideia, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), apontou que, em setembro deste ano, o total de lares brasileiros com dívidas a vencer chegou a 79,3%, o terceiro aumento consecutivo em 2022.

Esse panorama de inadimplência crescente impacta diretamente os negócios, que se veem obrigados a buscar estratégias para contornar o problema.

Embora essa seja uma situação delicada, e pela qual nenhum empreendedor gosta de passar, saber como navegá-la com as ferramentas certas é fundamental para evitar prejuízos ao negócio, tanto a curto, como a longo prazo.

Pensando nisso, preparamos um conteúdo para te ajudar a entender o que é a renegociação de dívidas e como fazer a sua de forma simples. Vamos lá?

Panorama do endividamento de empresas no Brasil

O cenário econômico do Brasil tem enfrentado turbulências nos últimos anos. Com a pandemia de COVID-19, o desemprego e os altos níveis de inflação, o poder de compra da população diminuiu.

Além disso, muitas pessoas se tornaram inadimplentes, fator que impacta diretamente os negócios de diversos portes e segmentos.

Diante do desequilíbrio no fluxo de caixa, muitas empresas também se vêem comprometidas em suas finanças, sem conseguir arcar com as dívidas que adquiriram em financiamentos, investimentos ou empréstimos.

De acordo com dados levantados pela Serasa Experian, são pouco mais de 6 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, o que totaliza quase 200 mil companhias endividadas a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Por que fazer a renegociação de dívidas?

Quando uma empresa adquire uma dívida e não consegue pagar, a tendência é que a situação se torne mais insustentável ao passar do tempo.

Isso porque, na intenção de amenizar juros e multas, é comum que os negócios utilizem o capital que seria destinado a outros compromissos.

Ao longo do tempo, esse tipo de comportamento financeiro gera um efeito “bola de neve”, em que gestores se encontram cada vez mais endividados e sem saber como resolver o problema.

Diante disso, a empresa corre o risco de ficar com o nome sujo e conseguir outros tipos de crédito ou investimentos, o que compromete o andamento do negócio.

Além disso, o estresse financeiro causado pela situação é outro fator que compromete a empresa, uma vez que afeta a saúde mental de gestores, donos e colaboradores.

Por isso, optar pela renegociação de dívidas pode trazer diversos benefícios, como, por exemplo:

Possibilidade de obter juros menores, descontos ou anulação de multas;
Diminuição da dívida;
Melhor organização da gestão financeira;
Alívio das preocupações;

Como fazer a renegociação de dívidas?

Saber como fazer uma renegociação de dívidas que gere resultados positivos para o negócio exige planejamento e cuidado. Por isso, listamos algumas dicas para te ajudar no processo. Veja só.

1. Organização em primeiro lugar

O primeiro passo de uma renegociação de dívidas é a organização.

Isso porque, antes de considerar se essa é a solução ideal, é preciso ter em mente todas as dívidas que a empresa tem.

Além disso, é preciso saber exatamente o faturamento mensal e as despesas fixas e variáveis. Dessa forma, você saberá os valores disponíveis para a renegociação.

Portanto, documente todas as dívidas, consulte o seu fluxo de caixa e entre em contato com as instituições financeiras para saber os valores atualizados.

2. Atente-se as dívidas mais caras

Se a sua empresa contraiu muitas dívidas, talvez não seja possível renegociar todas elas.

Entretanto, nem tudo está perdido. Opte por quitar aquelas que possuem taxas de juros mais altas, já que eles acumulam e podem aumentar o efeito bola de neve.

3. Entre em contato com os credores

Com os passos anteriores concluídos, é hora de entrar em contato com as instituições credoras.

Entretanto, é preciso ter em mente que essa etapa não se trata de aceitar a primeira opção de negociação de dívida, mas sim de obter informações relevantes sobre as condições e entender se elas fazem sentido para o momento do seu negócio.

Portanto, lembre-se de questionar sobre:

Os valores dos juros das parcelas;
Os descontos sobre a dívida original;
Tempo previsto para a quitação da dívida;
Possibilidades de descontos a depender do meio de pagamento escolhido.

Após entender todas as condições e opções disponíveis, procure pensar nas propostas com cautela.

Se ainda tiver dúvidas, peça para que a proposta seja enviada por escrito. Também vale a pena consultar a opinião de especialistas no assunto. Dessa forma, você tem a certeza de estar fazendo a escolha certa para o seu negócio.

Organize suas finanças com a iugu!

Como vimos ao longo do artigo, a renegociação de dívidas pode ser uma boa saída para livrar a sua empresa de prejuízos.

Entretanto, o mais importante é evitar que elas aconteçam.

Nesse sentido, a conciliação financeira figura como uma estratégia fundamental para manter a saúde do negócio, dando visibilidade sobre recebimentos e movimentações financeiras da empresa, auxiliando no controle, planejamento e tomada de decisão.

Para saber mais sobre o assunto, baixe gratuitamente o Guia de Conciliação Financeira para empresas e aprenda como fazer a sua.