Open Finance x Open Banking: quais as diferenças?

Escrito em 20 de Setembro de 2021 por Redação iugu

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

Você estava começando a entender melhor sobre Open Banking e de repente já está ouvindo falar sobre o Open Finance? Não se preocupe, no texto de hoje vamos explicar melhor a diferença entre os dois e como isso impacta consumidores e fintechs!

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Primeiro, vamos retomar o conceito de Open Banking.

O Open Banking é uma prática que permite que bancos e prestadores de serviços financeiros tenham acesso seguro aos seus dados bancários e outros dados financeiros.

Depois de conceder a permissão, seus dados financeiros podem ser disponibilizados por meio de uma API (tecnologia que conecta sistemas específicos), de forma rápida e segura.

O objetivo principal desse conjunto de regras é promover a concorrência, a eficiência e oferecer novos produtos para o consumidor final e limita-se a bancos, Instituições de Pagamentos, fintechs e demais organizações autorizadas pelo Banco Central.

Atualmente, estamos passando pela segunda fase, na qual é esperado maior movimentação dos dados privados de pessoas físicas e jurídicas, conforme o consumidor ganhe confiança e autorize as instituições de seu interesse a acessarem seus dados.

É um processo dividido em 4 fases, durante o ano de 2021, e mais algumas fases complementares em 2022.

Mas afinal, qual a relação entre as duas práticas? Entenda.

Open Banking x Open Finance

O que muitos ainda não sabem é que o Open Finance não é exatamente diferente do Open Banking: eles na verdade se complementam, pois fazem parte da mesma pauta e possuem o mesmo objetivo.

A diferença está na sua descrição; assim como o Open Banking mira os dados financeiros dos consumidores, o Open Finance visa o acesso a uma gama mais ampla de produtos/ serviços financeiros.

Uma vez implementado, o Open Finance permitirá, por exemplo, o desenvolvimento de painéis financeiros, reunindo dados do cliente, como investimentos, economias e fluxo de caixa, tudo em um só lugar.

Ao compartilhar dados financeiros com instituições de confiança, os clientes podem receber produtos e serviços personalizados que representam negócios melhores.

Trocas e renovações automatizadas combinadas com serviços de consultoria e suporte financeiro também estão no topo da agenda do Open Finance, juntamente com avaliações precisas de capacidade de crédito.

Por ser uma extensão do Open Banking, ou seja, uma forma mais ampla dessa troca de dados, o Banco Central anunciou que o Open Banking será substituído pelo Open Finance, ampliando as instituições que participam desse sistema, além dos bancos e fintechs.

Com o Open Finance, você vai poder levar seus dados também para outras instituições como:

  • Plataformas de investimento;
  • Corretoras de seguros;
  • Financiamento de bens;
  • Fundos de pensão;
  • Fundos de previdência.

A 4ª fase do sistema deve ser implementada até dezembro de 2021, mas ainda existirão fases complementares em 2022.

Como o Open Finance impacta os consumidores

Com o potencial de transformar a maneira como os serviços financeiros funcionam para consumidores e empresas, as implicações pessoais e comerciais de adotar uma abordagem aberta para as finanças são muitas.

Você poderá ter mais controle sobre sua vida financeira e, ao compartilhar suas informações, as instituições conhecerão mais o seu perfil para oferecer as melhores ofertas e condições de produtos, além de outros benefícios.

Além disso, os consumidores também se beneficiarão dos preços mais justos, desdobramento do aumento da concorrência e transparência dos produtos financeiros.

Como o Open Finance impacta as Fintechs

Assim como os consumidores, instituições e fintechs também se beneficiam do sistema Open Finance.

  • Facilidade de acesso às informações 

Um dos principais benefícios é a facilidade no acesso às informações pelo ecossistema financeiro, feitas com o consentimento de seus clientes, reduzindo o atrito necessário para integrar e fornecer uma experiência aprimorada do cliente.

  • Remoção de intermediários 

Outro benefício é a remoção de intermediários, uma vez que vários serviços, incluindo pagamentos, estão perfeitamente integrados à plataforma, resultando em melhor engajamento e menos perdas.

  • Redução de riscos 

Através do Open Finance, as fintechs podem minimizar custos e riscos operacionais. Conhecendo melhor o histórico de crédito que cada cliente, a chance de inadimplência diminuiu e as instituições podem oferecer serviços mais alinhados à realidade dos consumidores.

A iniciativa de Open Finance promovida pelo Bacen está de acordo com um movimento que vem crescendo, em que consumidores e empresas buscam direitos legais para controlar os seus dados financeiros e o poder de compartilhá-los com companhias de sua própria escolha.

Esse movimento teve início no Reino Unido e logo em seguida foi iniciado na Austrália. Mas o Brasil não demorou pra entrar na onda e começou o ano de 2021 dando início à primeira fase de implantação do novo sistema.

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