Mais do que um app de dancinha: o efeito TikTok na internet

Escrito em 15 de Agosto de 2022 por Maria Carolina Rosa

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

O TikTok cresceu exponencialmente nos últimos dois anos, e passou a incomodar redes sociais já consolidadas, como o Instagram e Youtube, que logo copiaram seus recursos. O fenômeno – conhecido como efeito TikTok –, tem retirado o caráter único de outras plataformas, forçando-as a encontrar alternativas para superar a popularidade do app chinês.

E o desespero das redes rivais tem um motivo. De acordo com o relatório State of Mobile 2022, o TikTok foi o aplicativo mais baixado de 2021, superando a marca de 1 bilhão de usuários ativos no mundo.

Continue a leitura e saiba mais sobre a tiktokzação das redes sociais e seus efeitos.

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A pandemia e a ascensão do TikTok 

Nos últimos dois anos, vimos a ascensão do TikTok, que, aos poucos, desbancou aplicativos populares, como o Instagram. 

No entanto, a história da plataforma começa em 2014, quando ainda tinha o nome de Musical.ly. Na época, o aplicativo funcionava quase como um karaokê virtual, onde os usuários podiam postar vídeos dublando músicas.

Já em 2017, a empresa foi comprada pela ByteDance – dona de um aplicativo similar, chamado de Douyin.

Após a compra, o Musical.ly se tornou o TikTok e passou a ser difundido internacionalmente.  Pouco tempo depois, em 2019, o aplicativo foi baixado 750 milhões de vezes, e ganhou rápida popularidade ao redor do mundo.

E todo esse sucesso não é por acaso. Os vídeos curtos, os recursos de edição, os algoritmos poderosos, as tendências, o apelo de participação de outros usuários e a sensação de autenticidade – que já não era encontrada em redes como Instagram e Facebook –, foram elementos essenciais na atração da chamada Gen Z, que é a que mais consome e produz conteúdo para o TikTok.

Para se ter uma ideia, 66% dos usuários da plataforma têm menos de 30 anos. Entre os usuários ativos mensais, 60% têm entre 16 e 24 anos, de acordo com dados do próprio TikTok.

A pandemia de COVID-19 e, consequentemente, o isolamento social, também foram fundamentais na consolidação do TikTok como uma das plataformas mais utilizadas do mundo.

Com o confinamento, milhares de pessoas recorreram ao entretenimento veloz e aos conteúdos personalizados fornecidos pelo aplicativo. Assim, ele passou a ser um espaço de fuga e conforto em meio a tantas incertezas e turbulências vivenciadas no período.

A era da tiktokzação e os impactos nas redes sociais 

Já não é de hoje que Mark Zuckerberg, CEO da Meta (antigo Facebook), compra redes sociais rivais para tentar eliminar a concorrência, como foi o caso do Instagram e do WhatsApp.

Uma outra estratégia, porém, consiste em copiar as principais funcionalidades dos aplicativos rivais, como aconteceu com o Snapchat e os stories do Instagram. Deu certo.

Agora, com a chegada do TikTok, Mark lançou mão da mesma estratégia, e copiou diversos recursos do aplicativo. Os Reels, implementados no Instagram em 2020, foram a primeira jogada para tentar competir com a rival.

Em seguida, vieram as collabs, as legendas automáticas e as possíveis mudanças de layout para deixar o feed do Instagram ainda mais similar ao TikTok, que gerou mais controvérsia para a rede social.

Após a repercussão negativa,  o Instagram voltou atrás. No entanto, os tomadores de decisão da Meta garantiram que o assunto deve ser discutido em breve.

Diferente dos outros aplicativos que se renderam ao império da Meta ou caíram no ostracismo após tantas cópias, o TikTok se mostra mais resiliente. Afinal, o app foi o mais baixado de 2021 e bateu recordes de faturamento.

Em paralelo, o Instagram continua tentando alavancar a popularidade dos Reels, mas sem sucesso. Ainda hoje, os usuários fazem vídeos no TikTok e os reaproveitam nos Reels.

O Youtube também se “inspirou” no app, e criou o Shorts – uma ferramenta de vídeos curtos dentro da rede social. 

Sem dúvidas, estamos presenciando uma tiktokzação das redes sociais que, no auge da falta de criatividade, copiam recursos para tentar competir com a rival chinesa. 

Se antes a estratégia havia dado certo, agora parece afastar os usuários. Recentemente, milhares de pessoas - incluindo influenciadores e celebridades -, criaram a campanha “We Want Instagram Back”, ou “Queremos o Instagram de Volta'', em português.

Em um contexto com tantas cópias e escassez de originalidade, é preciso, antes de tudo, entender se as mudanças são válidas para o público-alvo de cada plataforma, já que, cada vez mais, elas parecem ser o reflexo de uma estratégia desesperada rumo a lugar algum. 

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