Firebase: o que é e como utilizar?

Desenvolvedores que utilizam ou já utilizaram Ruby on Rails entendem bem como facilitar o manejo do back-end de uma aplicação pode permitir uma escalabilidade que leva o produto ao sucesso (vide Twitter e AirBnB).
Se as facilidades trazidas pelo Rails são sinônimos de tranquilidade para você, o Firebase certamente leva esse sentimento a um novo nível.
Essa plataforma, mantida pela Google desde 2014, proporciona um ambiente para rápida implementação de aplicações mobile e web.
O Firebase oferece uma variedade de ferramentas para desenvolver sua aplicação sem se preocupar em desenvolver o back-end do zero.
Essa modalidade de serviços a que pertence o Firebase é conhecida como Back-end as a Service (BaaS), ou Back-end como Serviço.
Para saber mais sobre o que é Firebase, suas funcionalidades e vantagens, continue a leitura!
Back-end as a Service (BaaS)
Back-end as a Service descreve um conjunto de serviços, ferramentas e funcionalidades para que o usuário possa estruturar o back-end da sua aplicação sem precisar desenvolvê-lo.
Geralmente, plataformas de BaaS oferecem funcionalidades genéricas e prontas para o uso, que o usuário pode integrar à aplicação e começar a usar imediatamente. Assim, precisa apenas desenvolver e manter o front-end.
A diferença entre usar um framework como Rails e uma plataforma de BaaS é que o framework será baixado pelo desenvolvedor, instalado em sua máquina e integrado à aplicação de uma maneira manual.
Já numa plataforma como o Firebase, o usuário precisará apenas conectar sua aplicação às ferramentas através da API da plataforma. É um processo, no mínimo, mais limpo. Além disso, é mais ágil.
O que é Firebase?
Firebase é um produto do tipo Back-end as a Service. A plataforma permite desenvolver aplicações mobile/web e manejar sua infraestrutura através da Google Cloud Platform (GCP).
Além das ricas integrações com a infraestrutura de Cloud Computing da Google, usuários do Firebase dispõem do Google Analytics, AdMob e outras ferramentas.
Sua compatibilidade com todas as principais plataformas mobile também desempenha um papel importante na construção da imensa popularidade do Firebase.
Outro fator por trás da popularidade do Firebase é a facilidade que ele traz para desenvolvedores iniciantes ou inexperientes com back-end cujas aplicações requerem certas funcionalidades.
Começar a utilizá-lo também é incrivelmente simples: você cria o projeto através do web app do serviço, abre no seu computador o código de front-end em que está trabalhando, instala o SDK do Firebase e se conecta à nuvem com as credenciais do seu projeto.
Feito isso, você já pode começar a utilizar as funcionalidades desejadas.
Serviços disponíveis na plataforma Firebase
O usuário do Firebase tem acesso a um grande número de produtos, serviços e extensões disponíveis na plataforma.
Você pode escolher os que precisa e utilizá-los em conjunto para construir uma aplicação sólida e bem estruturada.
Os produtos são divididos em três grandes categorias: build; liberação e monitoramento; e engajamento.
Confira a lista de produtos por categoria:
- Build
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- Cloud Firestore - permite criar aplicações serverless e armazenar seus dados na nuvem para acesso online e offline;
- Realtime Database – para sincronização rápida e segura de dados JSON entre usuários de aplicações serverless;
- Remote Config - sinalize recursos durante o desenvolvimento e implemente alterações posteriores através do Firebase Console;
- Firebase Extensions - uma loja com numerosas extensões para agregar novas funcionalidades e integrações à aplicação;
- App Check - protege a aplicação de acessos por tráfego sem credenciais válidas;
- Cloud Functions - permite criar funções acionadas por produtos do Firebase;
- Authentication - adicione autenticação, sistemas de login e gerenciamento de credenciais à sua aplicação;
- Cloud Messaging - infraestrutura segura para troca de mensagens push entre um servidor e outros dispositivos;
- Hosting - hospedagem de alta performance e segurança para websites;
- Cloud Storage - armazene dados do aplicativo e do usuário na nuvem para segurança e rápido acesso;Firebase ML - integre funcionalidades baseadas em Machine Learning à sua aplicação;
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- Liberação e Monitoramento
- Crashlytics - permite monitorar problemas de estabilidade da aplicação em tempo real;
- Google Analytics - análise ilimitada e sem custos adicionais das métricas da aplicação;
- Remote Config - lançamento gradual de novos recursos para assegurar a qualidade das novas implementações;
- Monitoramento de Desempenho - acompanhamento em tempo real da performance da aplicação e sugestões de melhorias;
- Test Lab - automação de testes da aplicação em dispositivos físicos e virtuais;
- App Distribution - gerenciar a distribuição de versões pré-lançamento da aplicação a testers;
- Engajamento
- Remote Config - otimizar e alterar a experiência do usuário sem precisar lançar uma nova versão;
- Google Analytics - insights sobre o perfil dos usuários e seus padrões de uso da aplicação;
- A/B Testing - conduza testes A/B com facilidade para melhor entender como cada versão afeta as métricas;
- Authentication - insights sobre usuários e comportamentos de login;
- Cloud Messaging - envie notificações push direcionadas e automáticas aos usuários;
- Crashlytics - mostra como a estabilidade tem impactado as métricas da aplicação;
- Dynamic Links - crie links que direcionam o usuário ao local certo dentro do app;
- In-App Messaging - envie mensagens contextuais que fornecem oportunidades de convidar o usuário a uma ação.
Quando e por que usar Firebase?
Firebase se apresenta como uma boa opção sempre que houver interesse, por parte do(s) desenvolvedor(es), em acelerar, escalar ou até viabilizar a implementação de novas funcionalidades em uma aplicação.
Oferecendo uma estrutura robusta, compatível até mesmo com as aplicações mais complexas, ele facilita criar experiências coesas e consistentes em praticamente todo caso de uso.
Assim sendo, quase não há contraindicações para o uso do Firebase. Se ele atende às necessidades do seu projeto, use-o sem medo.
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Escrito em 28 de Setembro de 2022 por
Redação iugu
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