Desde o seu lançamento, o Pix, método de pagamento imediato implementado em 2020, só cresce no Brasil. Os mais desconfiados, porém, seguem receosos de que os golpistas usem o meio para aplicar fraudes na internet — uma realidade que, infelizmente, faz parte do nosso cotidiano. O que muitos não sabem é que, para blindar os usuários dos possíveis prejuízos oriundos de golpes, o BC criou o MED para estorno do Pix.
MED, abreviação de Mecanismo Especial de Devolução, é um recurso do Banco Central que possibilita o pedido de estorno de valores cobrados em fraudes.
A ideia é reforçar a segurança das operações por Pix e proteger os brasileiros de oportunistas que se aproveitam da agilidade das transações para aplicar golpes.
Para você ter uma ideia, em 2022, foram registrados mais de 1,7 milhão de golpes na modalidade, e, em 2023, 4 em cada 10 brasileiros já haviam registrado ao menos uma tentativa de fraude.
Se você usa o Pix na rotina e tem medo de cair nas mãos de enganadores, pode se tranquilizar: chegou a hora de conhecer o MED e entender como o Banco Central atua para bloquear transações suspeitas e fazer estornos em casos de fraude.
MED, Mecanismo Especial de Devolução, é um recurso criado pelo Banco Central para facilitar as devoluções de valores em caso de fraudes, aumentando as possibilidades da vítima reaver os recursos.
O processo de pedido é simples, mas funciona de forma diferente à do pedido de estorno de compras feitas no cartão de crédito. Mais à frente, mostramos o passo a passo completo para solicitar, mas, em resumo, basta entrar em contato com a sua instituição financeira e solicitar a ativação do MED.
Assim como o MED, o Banco Central desenvolveu o Bloqueio Cautelar, mecanismo que permite a suspensão de uma transação pela instituição financeira do recebedor, caso desconfie que se trata de um golpe.
Nestes casos, a instituição tem até 72h para aprofundar a análise da conta, verificar os registros e atestar a idoneidade (ou não) da operação. Se a fraude for confirmada, o valor volta para a sua conta e a transação é desfeita.
Interessante, não é?
Você pode usar o MED quando perceber ou desconfiar que é vítima de uma ação fraudulenta. Veja alguns exemplos que se aplicam:
O MED não funciona para casos como:
Em todos estes cenários, a saída é negociar a devolução diretamente com a pessoa que recebeu o valor.
O responsável legal pelo reembolso do Pix é a empresa ou o prestador de serviço que fez a cobrança indevida ou fraudulenta.
As intermediadoras de pagamentos e instituições bancárias apenas acolhem a demanda dos clientes e os orientam sobre os caminhos para fazer a solicitação formal de devolução.
Para solicitar o estorno do Pix, siga os passos abaixo:
Embora o Banco Central venha adotando uma série de medidas de segurança para o Pix, você pode complementar as práticas de proteção às transações realizadas com o meio de pagamento.
Assim, você reduz ainda mais as chances de passar por situações indesejadas e se previne de dores de cabeça.
Veja algumas dicas para incluir na rotina:
Aproveite o fim desta leitura para se manter por dentro dos golpes e tentativas de fraudes no Pix mais comuns do mercado e adicione camadas extras de proteção às suas operações financeiras!